Uma triste despedida…
Marília Mendonça morreu subitamente, no auge da carreira. Mais do que renovar o elogio público da genialidade e do carisma de uma cantora raramente igualável, a invocação de Marilia Mendonça é um gesto de justiça para com o seu legado.
Como Schopenhauer escreveu em As Dores Do Mundo: “A vida é um mar de perigos e turbilhões que o homem só evita à força de prudência e de cuidados, embora saiba que, mesmo que consiga lhes escapar com perícia e esforços, não pode, contudo, à medida que avança, sem retardar o grande, o total, o inevitável naufrágio, a morte que parece lhe correr ao encontro: é esse o fim supremo de tão laboriosa navegação, para ele infinitamente pior que todos os perigos dos quais escapou”.
Submersos nos nossos tempos sombrios, um desejo de impossível surge a partir do lamento e somos levados a pensar que Marilia Mendonça poderia afinal ter vivido mais de 100 anos e estar aqui, agora, com toda sua alegria a ajudar-nos a encarar este mundo em crise profunda e virado do avesso.
Descanse em Paz, Rainha da Sofrência!
A vida significa tudo o que ela sempre significou. O fio não foi cortado. Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho… Você que aí ficou, siga em frente… A vida continua, linda e bela como sempre foi.
(Santo Agostinho)
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